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terça-feira, abril 02, 2013

É incrível como hoje em dia as pessoas se assustam com pouco... Não sei se...

 ... sou eu que tenho complexidades demais ou as pessoas que são simples demais.

... o afeto e atenção que tento demonstrar no início de um relacionamento parecem demais com carência e fazem com que os outros fujam ou se esse é somente o meu jeito curioso e questionador de ser, de querer  saber tudo, falar sobre tudo... e nisso, nessa presença eu acabo conseguindo a ausência.

... meus problemas são grandes e difíceis de lidar com ou se as pessoas perguntam sem realmente querer saber, e ao ouvirem a resposta fogem.

Isso é estranho e querendo ou não isso machuca.

Eu queria me desculpar por ter sido ausente em algum desses momentos, eu tenho que aprender a não cobrar e querer dos outros o que nem eu consigo oferecer. Acho que no final das contas somos todos humanos. Eu sou humana. E eu, não sei se feliz ou infelizmente, cometo muitos sincericídios.

terça-feira, março 26, 2013

Acho que nunca na minha vida estive tão bem e tão mal ao mesmo tempo. As coisas estão dando certo, ou ao menos parecem estar dando, não com os meus pais é claro, infelizmente para mim é cada vez maior a certeza de que as coisas nunca darão certo entre nós... O grande problema é que eu finalmente comecei a admitir e entender algumas coisas sobre mim.

Quarta passada eu passei a terapia praticamente inteira chorando, tenho medo da consulta de amanhã. Tenho medo de novamente me expor tanto, de abrir essa porta que eu sempre mantive fechada e neguei a existência. Porque doeu demais abrir ela pela primeira vez e eu tenho plena certeza de que irá doer por bastante tempo até com que eu consiga superar isso. Acho que é como arrancar a casquinha de uma ferida infeccionada, dói, muito, mas é necessário tratá-la para melhorar. 

Eu sinto falta dos meus amigos e sei que a culpa é minha. Da minha covardia. Do meu medo em expor para eles o que mal consigo pensar sem que lágrimas me venham aos olhos. Eu queria tanto, mas tanto conhecer outra pessoa que nem eu no mundo, que passou pelas mesmas coisas, pra simplesmente poder trocar experiências, palavras, com alguém que realmente sabe e entende tudo pelo que eu passei. Eu sei que esse é um desejo egoísta, que eu não deveria querer isso, ainda mais por ser como sou hoje, por ser tão insegura, traumatizada, mas ao mesmo tempo seria extremamente reconfortante.

Desculpa. Eu simplesmente sou inconstante demais. 

terça-feira, fevereiro 05, 2013

Damn it!

Acho que 2013, ou ao menos o começo dele, veio para me provar que eu não sou muito resiliente, apesar de muitas pessoas pensarem o contrário. Ou talvez ele simplesmente tenha vindo para que eu finalmente possa enxergar minhas inseguranças e tentar trabalhar elas.

Ontem uma barata entrou no meu quarto e eu não consegui mata-la a tempo e ela fugiu pra debaixo da cama. Não consegui dormir no meu quarto. A ideia de uma barata passando por cima de mim durante a noite era repugnante. E isso porque eu não costumo ter medo de insetos...

A verdade é que meu maior medo e insegurança é não ser aceita, falei sobre isso hoje na terapia. O fato de que a minha própria família, sangue do meu sangue, não me aceita praticamente desde que nasci causou um belo de um estrago. As vezes até posso mentir e dizer que não, nada disso me incomoda mais, mas tudo isso faz parte do problema e de quem eu sou, de como eu vivo e como faço minhas escolhas.

Queria que fosse mais fácil aprender a me amar, a me aceitar e a especialmente a não depender de ninguém para estar bem. Eu ando com tantas questões incomodas na cabeça que me sinto perdida. Não sei mais dizer se minhas decisões são baseadas no que realmente quero ou naquilo que alguém (ou eu) algum dia me falou e eu quero provar com exemplos reais. Não sei mais nem se posso confiar em mim mesma! Tem dias que estar dentro da minha cabeça me agonia demais. Queria ter mais certezas do que medos e incertezas. Espero que um dia todos esses questionamentos levem a um esclarecimento sobre alguma coisa que o seja, mas até lá tudo que posso fazer é tentar não enlouquecer com tudo isso.

sexta-feira, janeiro 18, 2013

Coisas que já fiz (ou não) na vida...

Idéia do post copiada do blog da menina-de-sáb que pegou os itens do tumblr de uma pessoa desconhecida:

01. Pagar bebidas pros seus amigos.
02. Pegar num tubarão.
03. Dizer “eu te amo” sentindo amor de verdade.
04. Abraçar uma árvore.
05. Achar que vai morrer.
06. Ficar acordado a noite inteira só pra ver o sol nascer.
07. Cultivar e comer suas próprias frutas e vegetais.
08. Dormir sob as estrelas.
09. Mudar a fralda de uma criança.
10. Ver uma estrela cadente.
11. Ficar embriagado.
12. Doar coisas para caridade.
13. Não dormir por 24 horas.
14. Olhar para o céu e achar o cruzeiro do sul.
15. Ter um ataque de riso na pior altura possível.
16. Fazer uma luta de comida.
17. Apostar e perder.
18. Convidar um estranho para sair.
19. Fazer guerrinha de papel.
20. Pegar num cordeiro.
21. Gritar o mais alto que puder.
22. Andar de montanha russa.
23. Dançar como um louco e não se preocupar se estão olhando.
24. Falar com sotaque por um dia inteiro.
25. Estar mesmo feliz com a tua vida.
26. Ter dois Hard Drives para o computador.
27. Conhecer o teu país.
28. Cuidar de alguém embriagado.
29. Ter amigos fantásticos.
30. Dançar com um estranho.
31. Ser parada pela polícia.
32. Ficar de coração partido mais tempo do que se esteve realmente apaixonado.
33. Sentar na mesa de um estranho num restaurante e comer com ele.
34. Brincar na lama.
35. Brincar na chuva.
36. Apaixonar-se e não ficar de coração partido.
37. Fazer uma arte marcial. 
38. Entrar num filme.
39. Sair em uma propaganda.
40. Ser penetra numa festa. 
41. Ficar sem comer 5 dias.
42. Fazer um bolo sozinho.
43. Fazer uma tatuagem.
44. Receber flores sem razão.
45. Representar num palco.
46. Gravar música.
47. Ter um caso de uma noite.
48. Guardar um segredo.
49. Cantar bem alto no carro e não parar quando perceber que tem gente olhando.
50. Sobreviver a uma doença em que se podia ter morrido. 
51. Perder dinheiro.
52. Cuidar de alguém com dor de cotovelo.
53. Fazer uma festa legal.
54. Por um piercing.
55. Partir o coração de alguém. 
56. Evitar alguém de propósito.
57. Andar a cavalo.
58. Fazer uma grande cirurgia.
59. Ter uma foto sua num jornal.
60. Mudar a opinião de alguém sobre alguma coisa em que acreditas profundamente. 
61. Fazer de um inseto um animal de estimação.
62. Selecionar um autor importante que não trabalhou na escola e lê-lo.
63. Comunicar-se com uma pessoa sem partilharem uma língua em comum.
64. Escrever a sua própria linguagem no computador.
65. Pensar que está vivendo um sonho. 
66. Pintar o cabelo.
67. Salvar a vida de alguém.
68. Nadar pelado.
69. Viajar para fora do país.


...mas na real não são coisas nada demais...

domingo, janeiro 13, 2013

Bugging me a lot atm!

2013 começou um ano esquisito e dolorido. O ano começou há apenas 13 dias, mas eu já pensei coisa o suficiente para um ano inteiro, mas a verdade é que eu não queria ter pensado em um terço das coisas que pensei. Queria conseguir ter a habilidade de simplesmente não pensar nas coisas e vivê-las sem esse medo gigante que me acomete, sem essa certeza absurda de que as coisas estão diferentes, mas eu simplesmente não consigo. Se eu conseguisse... bom, não seria eu.

Eu não quero começar tudo de novo. Eu não sei se consigo começar tudo de novo. Se sou forte o suficiente pra isso. A realidade é que acho que não sou. Eu tenho medo demais de desistir, porque eu luto a tempo demais pra não desistir, mas eu sei que agora não estou forte o suficiente pra enfrentar nada que seja desafiador demais.

Alguns dias atrás alguém virou pra mim e falou "você não é mais a mesma" e eu perguntei "como assim?", "Não sei, você mudou, você é mais você agora..." e eu de alguma maneira entendi. Acho que eu finalmente comecei a saber um pouco quem sou, a fazer as coisas que eu quero pra mim e não que os outros querem pra mim... O problema é que essa mudança causou cicatrizes, muitas, cicatrizes que eu não gostaria que existissem. Pessoas que eu perdi e não queria ter perdido. E acho que esse foi o maior, ou um dos maiores, machucado(s). Eu conheci tanta gente fazendo o que esperavam de mim e não o que eu queria fazer e me apeguei a muitas dessas pessoas e eu simplesmente não consigo mais ser a pessoa sociável que está sempre com vontade de sair, de fazer novos amigos, de conversar. Não mais. Essa não sou eu de verdade, ou pelo menos, essa não é a pessoa que eu acredito ser.

Eu senti falta dos meus pais. Eu me senti sozinha pela ausência deles. Isso foi horrível. Eu sempre achei que não me importasse com eles! E eu comecei a chorar querendo que eles voltassem logo pra casa! Eu percebi que sem eles eu não tinha a capacidade, não, a vontade de viver... E bom, foi uma pancada gigante em quem eu acreditava ser, ou no que eu acreditava sentir em relação a eles. Ai eles voltaram... e no dia seguinte eu já estava com raiva do meu pai e querendo explodi-lo de novo. Acho que isso não mudou tanto assim e que o meu surto tenha sido só a tpm.

Fiz uma porrada de exames agora no começo do ano... para tentar descobrir se o motivo deu ficar tão doente aparecia... e bom, minha saúde está perfeita. Ou seja... minhas doenças são psicológicas, eu preciso parar de pensar tanto pra talvez ficar menos doente... não sei... só sei que é cansativo ficar doente a qualquer estresse, qualquer ventinho/friagem...

Semana passada eu li um texto sobre prevenção sexual entre lésbicas. E eu descobri que pouquíssimas pessoas fazem sexo seguro! Eu parei pra pensar e eu NUNCA fiz sexo seguro! O único método que eu conheço é o de colocar papel filme (aquele transparente de cozinha) e eu acho ele bem brochante...  O ponto é que ano passado (2012) eu fiz sexo com  algumas meninas e eu não sei com quantas elas já haviam feito sexo, se tinham algum tipo de doença, se já haviam pensado em se prevenir contra DSTs... É ridículo que seja tão difícil encontrar informações sobre isso! How the fuck do I fuck someone without the risk of getting a disease?!


Eu queria...
um dia com mais de 24h. 
ter mais disposição pra fazer as coisas.
ser a prioridade de algumas pessoas assim como elas são as minhas. 
não sofrer por besteira.
encontrar alguém para chamar de amor.
saber o que passa na cabeça de algumas pessoas.
entender minha própria cabeça.
não ter medo de só encontrar gente imatura na minha nova jornada de vida.
que doesse menos saber a verdade sobre algumas coisas.
saber menos coisas do que sei a respeito de algumas coisas.
só ter sentimentos por quem tem sentimentos por mim.
ser menos idiota e mais racional em relação a confiança.
esperar menos das pessoas.
conseguir escrever sempre que quero.
ficar menos doente.
me importar menos por algumas pessoas não se importarem comigo.
conseguir mandar as pessoas tomarem no cú com mais frequência.
conseguir recuperar pessoas que já foram e ainda são especiais pra mim, mas que não tem consciência disso.
mas especialmente... eu queria conseguir pensar menos!

Desabafo master.