Acho que 2013, ou ao menos o começo dele, veio para me provar que eu não sou muito resiliente, apesar de muitas pessoas pensarem o contrário. Ou talvez ele simplesmente tenha vindo para que eu finalmente possa enxergar minhas inseguranças e tentar trabalhar elas.
Ontem uma barata entrou no meu quarto e eu não consegui mata-la a tempo e ela fugiu pra debaixo da cama. Não consegui dormir no meu quarto. A ideia de uma barata passando por cima de mim durante a noite era repugnante. E isso porque eu não costumo ter medo de insetos...
A verdade é que meu maior medo e insegurança é não ser aceita, falei sobre isso hoje na terapia. O fato de que a minha própria família, sangue do meu sangue, não me aceita praticamente desde que nasci causou um belo de um estrago. As vezes até posso mentir e dizer que não, nada disso me incomoda mais, mas tudo isso faz parte do problema e de quem eu sou, de como eu vivo e como faço minhas escolhas.
Queria que fosse mais fácil aprender a me amar, a me aceitar e a especialmente a não depender de ninguém para estar bem. Eu ando com tantas questões incomodas na cabeça que me sinto perdida. Não sei mais dizer se minhas decisões são baseadas no que realmente quero ou naquilo que alguém (ou eu) algum dia me falou e eu quero provar com exemplos reais. Não sei mais nem se posso confiar em mim mesma! Tem dias que estar dentro da minha cabeça me agonia demais. Queria ter mais certezas do que medos e incertezas. Espero que um dia todos esses questionamentos levem a um esclarecimento sobre alguma coisa que o seja, mas até lá tudo que posso fazer é tentar não enlouquecer com tudo isso.